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O lexema Acto surge na nomenclatura artística portuguesa do século XVIII intimamente ligado ao desenho do corpo. De matriz baldinucciana, o vocábulo atto designava, na sua essência, as poses do modelo. Posteriormente, a terminologia específica às Artes do Desenho vai conferir ao termo uma significação mais vasta que considera, também, os desenhos resultantes do Acto.Na época de Setecentos a Academia constitui-se como o corpo coordenador dos saberes prático e teórico das Artes do Desenho, regulamentando e regulando a aprendizagem dos Applicados, conduzindo-os na via da maneira correcta.O Desenho do Modelo Nu, etapa derradeira de um magistério alicerçado na cópia de estampas e de peças de escultura do corpo humano, era rigidamente controlado por um diversificado conjunto de normas. Os Desenhos dos Actos reflectem as diversas imposições das Academias ou das Aulas privadas constituindo-se como o corolário do aprendizado do aluno. Os Desenhos dos Actos são o resultado gráfico tangível dos Actos do Desenho. O Desenho do Corpo constitui-se, neste âmbito restrito, como o corpo do ensino do Desenho.
Über den Autor / die Autorin
José Maria da Silva LopesDottorato di ricerca in Architettura - FAUP (2009).Membro del Consiglio scientifico di I2ADS-FBAUP (2011/2014); Membro di I2ADS-FBAUP (2011/2017); Membro di CEAU-FAUP (2018/...).Docente UC. Design I - FAUP, (2008/...); Membro del Consiglio pedagogico FAUP (2014-2018; 2022/...); Premio innovazione pedagogica UP (2018).
