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A economia designa uma realidade dupla: por um lado, as actividades de produção e troca de bens e serviços, juntamente com as relações sociais que as tornam possíveis; por outro, a ciência que as observa e estuda as suas regras. Deriva das palavras gregas ¿ikos (¿¿¿¿¿, casa, comunidade doméstica) e n¿mos (¿¿¿¿¿, regra, costume, lei) e tinha o sentido da ordem interna da comunidade de pessoas vivas sob a autoridade de um chefe de família. Este sentido vagamente metafórico ocultava o carácter despótico das relações genuínas que uniam o senhor aos seus filhos, clientes e escravos. O significado racional do termo, que remonta a Aristóteles, é a administração do lar.Oikonom¿kè é o título de uma pequena obra que Aristóteles escreveu como complemento da sua Política. O filósofo grego concebeu a economia como um capítulo da política, a gestão da p¿lis, cidade como o conjunto de todos os ¿ikoi, correspondente à civitas latina. A ambiguidade da economia, enquanto atividade analítica e ordenadora da mente, e enquanto prática das relações quotidianas, está sempre entre as possíveis normas capazes de reger o bem comum e a desordem provocada por interesses particulares.
Info autore
Mariano Pavanello : Maître de conférences et puis professeur associé d'Ethnologie à l'Université de Pisa de 1978 à 2004, et Professeur titulaire d'Anthropologie sociale à l'Université de Rome "La Sapienza" de 2005 à 2013. Il a dirigé le Département d'Histoire, Cultures, Religions de la Sapienza de 2010 à 2013.