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Os dados pessoais oferecidos ingenuamente pelos utilizadores são a "arca de guerra" das empresas Web 2.0 e constituem o principal recurso da economia digital, graças às técnicas de extracção de dados. Além disso, dada a natureza intangível destes dados, que se deslocam livremente de uma fronteira para outra, as empresas digitais são capazes de evasão fiscal devido à facilidade com que podem esconder as suas operações em paraísos fiscais. Além disso, por muito grandes que sejam as empresas dos Cinco Grandes, estão sempre à mercê dos concorrentes, quer através da sua inventiva I&D, quer através da aquisição de novas empresas dinâmicas que as possam impulsionar para a frente. A tecnologia digital está a permitir uma mudança de uma economia manufactureira para uma economia de serviços. Estão agora a surgir empresas de serviços que utilizam plataformas digitais de distribuição, tais como a UBER ou a AIRBNB. Como podemos lutar contra a conversão de trabalhadores em trabalhadores independentes precários e a supressão galopante de empregos bem remunerados? O Estado deve introduzir um rendimento mínimo garantido.
Info autore
PhD (Sorbonne-Paris), professor fundador da comunicação (UQAM). Publicações: A televisão à l'ère d'Internet, Septentrion, A civilização do CLIC: a empresa moderada do NTIC, Harmattan 2013, Oeux vidéo e a crítica da sociedade da informação (HERMÈS (CNRS), 100 noções da civilização numérica, La Immatériel (2016).
