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A formação de um território consiste em processo que envolve múltiplos aspectos que, ao longo do tempo, se consolidam no espaço geográfico por meio de formas materiais ou se dissipam, dando lugar a novas necessidades. No período colonial no Brasil várias diretrizes foram aplicadas pelos portugueses, inicialmente como forma de garantir a posse de seu vasto território, impedindo invasões de outros povos, como a ocupação em diferentes pontos esparsos, por quase toda a costa brasileira. Em Alagoas, que pertencia à Capitania de Pernambuco, a colonização se desenvolveu através de estratégias sistemáticas de incentivo à fixação humana, com a instalação de equipamentos economicamente produtivos, principalmente os engenhos de açúcar. Isto se refletiu em formas espaciais específicas, e à medida que novos desígnios surgiram, também estas foram modificadas. Esses movimentos foram registrados em diversos documentos, entre relatos, mapas e vistas, os quais permitem hoje apreender aspectos relacionados ao processo de formação territorial alagoana. Neste sentido, este trabalho busca repertoriar alguns movimentos dessa ocupação, apoiado nas fontes textuais e cartográficas dos séculos XVI e XVII.
About the author
É arquiteta e urbanista, e mestre nesta área, ambos pela Universidade Federal de Alagoas. Atualmente é doutoranda da Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Estuda a história da arquitetura e da urbanização brasileiras (sobretudo do período colonial e do contexto alagoano), história da paisagem e sobre iconografia.
