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O ciclo aberto que o fósforo percorre na sociedade contemporânea pode ser visto como uma das maiores falhas da sua sustentabilidade. Sendo este um elemento básico para qualquer ser vivo, é realmente incômodo pensar que todo o fósforo que percorre as diversas instâncias da sociedade (como agricultura, alimentos ou consumo humano) provém direta ou indiretamente da mineração, portanto, de uma fonte esgotável. Se as estimativas da duração de toda a reserva de rochas fosfatadas do planeta não estivessem beirando um século, esse tema, acerca da geração de uma fonte renovável e sustentável de P, não teria o mesmo peso. A presente pesquisa, realizada com uma visão multidisciplinar levando em conta estudos de termodinâmica e cinética de precipitações químicas; estudos mineralógicos; agrícolas; de crescimento de cristais; formação de carapaça de crustáceos marinhos; tratamento de esgoto traz à luz da realidade brasileira uma discussão acerca dos parâmetros para a recuperação do fósforo (e nitrogênio) diretamente do esgoto, mesmo com excesso de Ca. Para isso, foram realizados ensaios com amostras de água ultrapura, urina, efluente de reator UASB e efluente de desaguamento de lodo.
About the author
Engenheiro ambiental formado na Universidade de São Paulo (USP), possui mestrado na área de saneamento ambiental pela mesma instituição.Atualmente, é professor universitário (ministra o curso de saneamento básico para engenheiros civis em formação) e estuda artes, também na USP.
