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O texto traz a história de mulheres presas e suas experiências como mães na situação de encarceramento em uma unidade prisional da cidade de São Paulo. O estudo foi concluído em 2004, mas entendemos que as representações apresentadas pelas participantes transcendem o tempo cronológico e podem ainda ser consideradas como um retrato dos sentimentos, pensamentos e valores de mulheres/mães encarceradas. As concepções sobre o amor materno e o exercício da maternidade junto aos filhos na situação de encarceramento revelam as dores e esperanças de mulheres que, em nenhum momento disseram que não amavam seus filhos. As prisões e as relações humanas produzidas em seu interior, denotam que estas instituições, historicamente pensadas para homens, ainda não efetivam ações consistentes para a manutenção dos vínculos amorosos entre mães presas e seus filhos. O texto deixa evidente que devem ser empreendidas ações consistentes, por parte do poder público, para garantir às crianças e adolescentes o direito de serem amados, presencialmente, por suas mães.
Über den Autor / die Autorin
Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo-USP. Professora do Curso de Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD/MS. Docente de Psicologia desde 1991. Trabalhou como psicóloga em unidades prisionais e no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Pesquisadora da temática prisional, desenvolvimento humano e bioética.